Samuel Rosa reflete sobre Skank: 'Foi responsável pelo renascimento do pop rock brasileiro nos anos 90'
Músico participou do g1 Ouviu ao vivo, podcast e videocast do g1, falou sobre álbum solo 'Rosa' e história da banda mineira. Skank foi responsável pelo rena...
Músico participou do g1 Ouviu ao vivo, podcast e videocast do g1, falou sobre álbum solo 'Rosa' e história da banda mineira. Skank foi responsável pelo renascimento do pop rock brasileiro nos anos 90 Depois de 30 anos de Skank, Samuel Rosa falou ao g1 sobre a história da banda e sua nova fase em carreira solo, com o álbum "Rosa". Ele disse que, em certos momentos, chegou a se sentir um iniciante, mas isso foi essencial para o seu trabalho. "Sentir de novo esse frescor, desafios, abdicar de algumas garantias que eu tinha... Correr riscos, pro meu trabalho, é vital", afirmou o artista. O músico foi entrevistado no g1 Ouviu ao vivo, o podcast e videocast de música do g1, nesta terça-feira (10). A conversa fica disponível em vídeo e podcast no g1, no YouTube, no TikTok e nas plataformas de áudio. Samuel também refletiu sobre a influência do Skank na música nacional. Para ele, no início da década de 90, as "pessoas torciam o nariz" para o pop rock. "O Skank foi responsável pelo renascimento do pop rock brasileiro nos anos 90", disse. Samuel Rosa no g1 ouviu Kaique Mattos/g1 O músico considera que, ao longo da trajetória do Skank, a banda não teve dificuldade em manter o sucesso por ter uma inovação sonora e se permitir brincar entre gêneros musicais, do dancehall ao rock latino - ou "britpop mineiro", como brincou. "Acho que o Skank só durou esse tempo todo porque não teve cerimônia para meter a mão no trabalho e mudar. Há quem diga que o Skank é até esquizofrênico. Isso gerava sempre esse frescor, a gente sempre se sentia uma banda nova". Para ele, a banda sofreu críticas com a popularidade, mas "sobreviveu ao sucesso de Garota Nacional". Apesar disso, Samuel acredita que o Skank não deixou de ser um grupo respeitado, que não teve medo de aderir ao popular porque era necessário para crescer. "A gente não conseguia sair do estado de Minas Gerais, a não ser que a gente tocasse no Faustão. O recheio entre o músico de bar e o mainstream não existia. Na nossa época, ou você era o Flamengo ou ninguém te conhecia. Ou você estava no Faustão, ou ninguém te conhecia". Samuel revelou que se arrepende de ter abdicado totalmente das composições e exaltou o trabalho de Chico Amaral, autor de grande parte das letras do Skank. "Não deveria parado de escrever letras. Mas eu tinha ao meu lado os caras com a fluência do Chico e do Nando [Reis]". O músico falou sobre a importância das boas composições para a carreira e citou que esse é o maior desafio dos artistas, não uma agenda lotada de shows. "A gente tá confundindo hoje o muito com o bom. A quantidade não é sinônimo de bom. Eu quero saber é da parte criativa". Para ele, a qualidade das composições sempre terá seu lugar no pop rock e é um dos maiores desafios de um músico. "Todos, no fundo, querem fazer uma música que vá encantar uma multidão". O Skank tem algumas dessas músicas, como "Vou Deixar". Ele disse que não sabe bem qual era a fórmula por trás desses sucessos: "Queria saber para poder repetir". Agora, na fase solo, ele pretende explorar melhor seu lado compositor. E brincou que, no disco "Rosa", "se eu tenho alguma virtude ou limitação, que fique escancarado".