Daniela Mercury antecipa festa dos 40 anos de axé music com álbum ao vivo que traz Luísa Sonza, Ilê Aiyê e Ivete
Capa do álbum ‘40 anos de axé – Ao vivo na Apoteose’, de Daniela Mercury Celia Santos com arte de Letícia Vasconcelos ♫ NOTÍCIA ♪ Foi em 1985 que ...
Capa do álbum ‘40 anos de axé – Ao vivo na Apoteose’, de Daniela Mercury Celia Santos com arte de Letícia Vasconcelos ♫ NOTÍCIA ♪ Foi em 1985 que o sucesso da música Fricote (Luiz Caldas e Paulinho Camafeu, 1985), gravada por Luiz Caldas, detonou a explosão nacional de um afro-pop-baiano – gênero que seria rotulado como axé music ainda na segunda metade dos anos 1980 – em movimento que, além de Caldas, projetou para além das fronteiras de Salvador (BA) nomes como Margareth Menezes, Sarajane e Gerônimo Santana, autor e intérprete de Eu sou negão (Macuxi muita onda), música de 1987 que expôs o orgulho negro da Bahia preta de som mixado com ritmos caribenhos e africanos. Cantora que bebeu da fonte límpida desse gênero que na década de 1990 passou por processo de embranquecimento orquestrado pela indústria fonográfica, Daniela Mercury explodiu em 1992. Show na Praça da Apoteose na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em 8 de dezembro de 1992, simbolizou o apogeu da cantora baiana no embalo do estouro do segundo álbum da artista, O canto da cidade (1992). Daniela Mercury voltou à Apoteose no ano passado, em 22 de outubro de 2023, com o pretexto de celebrar os 30 anos do disco O canto da cidade, que já eram 31 na época. Gravado, o show gera o álbum 40 anos de axé – Ao vivo na Apoteose. Com o disco lançado hoje, 13 de dezembro, a cantora se antecipa e celebra as quatro décadas de axé music que serão alvo de comemorações ao longo de 2025. Na seleção de 40 anos de axé, Daniela Mercury alinha 28 músicas em 20 faixas, fazendo feats com Luísa Sonza em Nobre vagabundo (Márcio Mello, 1996) e Mutante (Rita Lee e Roberto de Carvalho, 1981). Contemporânea de Daniela, Ivete Sangalo entra em cena em Rede (Gilson Babilônia e Alain Tavares, 1996), Trio metal (Daniela Mercury, Alfredo Moura, Marcelo Porciúncula e Renan Ribeiro, 1998) e Eva (Umberto Tozzi e Giancarlo Bigazzi, 1982, em versão em português de Marcos Ficarelli, 1983), sucesso do grupo Rádio Taxi que a Banda Eva tomou para si ao carnavalizar a música na década de 1990. Sucesso da Banda Mel, Crença e fé (Beto Jamaica e Ademário, 1991) junta Daniela com o grupo Ilê Aiyê, também convidado da gravação da música que encerra o disco, Ilê Pérola Negra (Guiguio, Miltão e René Veneno, 2000), em número feito com as adesões da banda Didá e do grupo Olodum. Daniela Mercury no show feito na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro (RJ), em 22 de outubro de 2023 Celia Santos / Divulgação